Os dirigentes do Gil Vicente têm feito o melhor (não desistir) e o pior (defender a posição do advogado-conselheiro que, na Comissão Disciplinar, pediu escusa da votação por conflito de interesses e depois voltou a atrás, como se nada se tivesse passado) na defesa dos seus pontos de vista e são cada vez maiores os indícios de que a razão está do seu lado. É isso que explica o acenar do “papão FIFA” da FPF para tentar assustar o clube de Barcelos e, como não está a conseguir, eis que está prestes a deitar mão ao “interesse público” para punir quem não se verga ao peso da incompetência. O Gil Vicente recorreu ao tribunal, sim senhor, para “exigir” a inscrição de um futebolista como profissional. Esta é uma questão laboral, seja qual for o ângulo de abordagem. A triste conferência de Imprensa de há dias, na FPF, “explicou-o” sem reservas. Então, porquê tanta confusão? Porque o Belenenses não quer ficar na Liga de Honra (ponto prévio: o Belenenses não desce se o Tribunal, o CJ, a CD, o que quer que seja, decidir que o Gil Vicente fica na Liga; o que acontecerá é que o Belenenses competirá no escalão que lhe compete pela classificação DESPORTIVA que conseguiu: 16º. Desceu à Honra!) e tem muitos amigos…
Tudo isto cheira à Bosman… se os dirigentes do Gil Vicente, como têm feito até agora, continuaram a lutar pelos seus direitos. É que quando a FIFA, a UEFA, e todos os que mandam no futebol forem confrontados com as leis da União Europeia vão fazer como dantes: enfiar o rabo entre as pernas e refazer os regulamentos de acordo com as leis vigentes. O direito à defesa é um dos fundamentos da democracia. Ou não?
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